Racismo Ambiental e Covid-19: considerações sobre os impactos da pandemia nas comunidades indígenas e quilombolas no Estado do Pará (2024)

Qual a contribuição do debate sobre Comunidades Quilombolas para o debate sobre Racismo Ambiental?

Herculano, S.; Pacheco, T. (orgs). Racismo Ambiental - I Seminário Brasileiro contra o Racismo Ambiental.. 1 ed. Rio de Janeiro: FASE, 2006, v. , p. 230-245., 2006

O texto apresenta e reflete sobre os casos da Ilha da Marambaia (RJ) e do Sapê do Norte (ES), duas situações muito distintas, mas também marcadas por uma série de congruências. Em ambas a nossa pesquisa se iniciou antes das respectivas comunidades se auto-atribuírem e se organizarem como quilombolas. Ao lado da situação de Alcântara (MA), ambas foram eleitas como prioridades nacionais pela CONAQ (Conselho Nacional de Comunidades Quilombolas) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Finalmente, em ambas a expropriação territorial e a discriminação racial estão associadas à degradação ambiental. Além de categoria útil do ponto de vista da luta política, a noção de “racismo ambiental” pode nos trazer algum ganho analítico na reflexão sobre as comunidades quilombolas? Minha resposta é positiva.

Racismo ambiental e saúde: a pandemia de covid-19 no Piauí

Saúde e Sociedade

Resumo Tendo em vista a relevância do impacto da pandemia de covid-19, este ensaio estabelece como reflexão o racismo ambiental e a saúde no estado do Piauí, no sentido de contribuir para o efetivo desenvolvimento de informações que possam servir de diretrizes para ações de prevenção mais eficazes. Visamos compreender o racismo ambiental como processo relacionado às desigualdades, mas, também, na operatória da política pública de definir os grupos prioritários para a manutenção de sua saúde, além de colocar em questão quais estratégias devem ser construídas para garantir a saúde desses grupos vulneráveis. Assim, a quebra dessa realidade para que sejam alcançados benefícios deve acontecer a partir da mudança de postura do Estado e da sociedade como um todo.

Racionalidade Ambiental Em Comunidades Quilombolas De Piratini/RS

Revista de Direito Ambiental e Socioambientalismo, 2017

A racionalidade ambiental de Enrique Leff, um contraponto à ideia da racionalidade econômica vigente na sociedade contemporânea, é manifestadamente praticada, em ações do cultivo da terra, pelas comunidades quilombolas de Piratini/RS, com a assistência de seus saberes tradicionais. O trabalho investiga, nas práticas tradicionais dessas comunidades, a realização da racionalidade ambiental, entendida como um pensamento de eixo ambiental, fundado numa relação de alteridade entre homem e natureza, que imprima bases de sustentabilidade sob novos valores e oportunidades de produtividade.

Vulnerabilidade histórica e futuro das comunidades quilombolas do Pará em tempo de pandemia

Este livro é fruto da parceria entre a Coordenação Estadual das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo (Malungu) e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Sociedades Amazônicas, Cultura e Ambiente da Universidade Federal do Oeste do Pará (Sacaca/Ufopa), que desde abril de 2020 vêm trabalhando juntos em ações de enfrentamento da Covid-19 nos quilombos paraenses. O projeto Sacaca e Malungu contra o coronavírus nas comunidades quilombolas do Pará, do qual o livro é apenas um produto, é um excelente exemplo de cooperação entre universidade e movimento social para enfrentar não só a pandemia, mas também o silêncio acerca das condições de produção e reprodução da vulnerabilidade da população quilombola. A maioria dos artigos tem origem em um ciclo de debates promovido pelo projeto entre 17 julho e 11 de setembro de 2020. Ao todo, foram dez sessões envolvendo quilombolas e não quilombolas, realizadas de maneira remota e transmitidas no canal do Sacaca/Ufopa no YouTube, onde estão disponíveis: https://www.youtube.com/channel/UCJVbiH8C79aEEccpTPLC4_Q. Há ainda um artigo resultante de uma pesquisa realizada por colaboradores da UFPA e quatro depoimentos. Além de aproximar públicos acadêmicos e não acadêmicos, os debates que originaram o livro constituíram oportunidades de encontro entre quilombolas de municípios tão distantes quanto Oriximiná e Barcarena, separados por mais de 800 km em linha reta, do imenso estado do Pará. Do mesmo modo, também aproximaram sonhos e lutas por uma sociedade mais justa e solidária, onde o pertencimento étnico-racial não seja condição para a pobreza e a miséria.

Racismo Ambiental e Comunidades Indígenas - Ma Visão Decolonial e Histórica Da Luta Indígena Na Atualidade

RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218

A presente dissertação tem como temática o Racismo Ambiental voltado para um enfoque nas comunidades indígenas. Através de um recorte histórico se compreende a história do racismo ambiental e como ele se aplica a história brasileira através de dados e documentos oficiais que traz o enfoque acerca das condições de moradia proprietária étnicas e raciais reivindicadas nesse período, como também retratam os danos étnicos sofridos pelas populações indígenas no país fazendo um parâmetro histórico e legislativo sobre a proteção dos direitos dos povos indígenas afim de alcançar os seguintes questionamentos: Como os povos indígenas foram isolados e excluídos do processo de desenvolvimento brasileiro? Porque até os dias atuais as populações indígenas tem seus direitos negados e são as primeiras comunidades a sofrerem das consequências provenientes do capitalismo?

Testemunhos etnográficos da pandemia: a COVID-19 entre povos indígenas e quilombolas na Amazônia

Revista Wamon, 2021

O presente artigo é uma contribuição de mestrandes e doutorantes em antropologia para os esforços reflexivos, constituindo-se como uma experimentação coletiva, em várias mãos, para a produção antropológica em torno da pandemia do coronavírus. Resultado de uma experimentação de produção textual no âmbito da disciplina “Vida, Pandemia e Política: Olhares Antropológicos” do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFAM), o texto se inspira na noção de “testemunho” e de “etnografia em retalhos” para cruzar olhares antropológicos sobre a pandemia, seus efeitos no “chão’ onde vivem povos indígenas e comunidades quilombolas e a estratégias destes coletivos em con-viver num evento catastrófico.

Conflitos ambientais gerados pelo racismo ambiental no processo de implantação do Conselho Gestor da ReBio Serra Negra em terras indígenas-PE

2011

Pretende-se refletir sobre os conflitos ambientais gerados pelo racismo ambiental envolvendo o IBAMA e a as tribos indigenas Pipipa e Kambiwa, em Pernambuco, no processo de implantacao do Conselho Gestor da ReBio Serra Negra, bem como na elaboracao do Plano de Manejo da referida reserva. Conflitos ambientais sao situacoes em que ha confronto de interesses de diversos atores em torno da gestao do ambiente. Implica na reacao dos grupos atingidos que tem consciencia dos seus direitos na utilizacao e na preservacao do ambiente. O trabalho procura responder as seguintes questoes: em que medida o IBAMA esta considerando as demandas das populacoes indigenas no processo de implantacao do Conselho Gestor da ReBio Serra Negra? Como as acoes sao definidas? Como se da a participacao da populacao indigena nas decisoes? Sao consideradas as demandas das populacoes locais (indigenas)? Como as populacoes reagiram e alcancaram o direito de interferir no processo de formacao e implantacao do Conselho ...

Ambientalismo, povos indígenas e comunidades "tradicionais"

This paper presents the different actors involved in the discourse on sustainable development and the complex geopolitics that is linked together from these interests, involving NGOs, environmentalism and traditional populations. It presents a critical look at this scenario, demonstrating how contemporary environmentalism fits into the geographical context described by Ruy Moreira (2007), in particular with regard to the sensitive nature insensitive. It also demonstrates how since the Club of Rome, environmentalism refers to neomalthusianismo and perspective Fin de Siecle and reflects on the process that brought the indigenous and environmental issues in Brazil. Keywords: Environmentalism, Indigenous peoples 'traditional' communities, NGOs.

Reflexos da covid-19 na permanência de indígenas e quilombolas da Universidade Federal de Pelotas

Serviço Social & Sociedade

Resumo: O artigo analisa os impactos da pandemia de covid-19 na permanência de estudantes indígenas e quilombolas da Universidade Federal de Pelotas. Para isso, buscou-se, através da realização de estudo exploratório de seus dados acadêmicos e de pesquisa realizada pelo Núcleo de Ações Afirmativas e Diversidade da mesma instituição, conhecer e refletir sobre a necessidade da construção de estratégias estruturais para o enfrentamento da preocupante retenção e evasão acadêmica que eles(as) apresentam.

Impactos (turísticos ou não) nas comunidades indígenas brasileiras

Turismo e Sociedade

Os impactos ou efeitos provocados pelo processo de desenvolvimento da atividade turística nas localidades receptoras são amplamente abordados na literatura sobre o turismo. Em alguns casos apontam-se os impactos negativos desse desenvolvimento como a mercantilização da cultura, a caricaturização do grupo visitado e de seus recursos tradicionais e o efeito demonstração. No entanto, o desenvolvimento turístico gera também efeitos positivos, como a valorização cultural, preservação e resgate de traços culturais e preservação do patrimônio. Com isso, para o presente artigo se teve como objetivo geral “identificar quais seriam os agentes de potenciais mudanças socioculturais nas comunidades indígenas brasileiras” através da construção do marco teórico e, em seguida, da pesquisa documental, utilizando como base teses e dissertações brasileiras, publicadas entre 1999 e 2012, sobre o turismo envolvendo comunidades indígenas. Constatou-se com a pesquisa que o turismo estava sendo apenas um d...